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Cortes repentinos no transporte público causam caos nas paradas e reacendem debate sobre a tarifa zero da cidade
A polêmica envolvendo o transporte público da cidade ganhou novos capítulos nesta semana, após a Expresso Garopaba, empresa responsável pelo serviço municipal, reduzir linhas e horários a partir de segunda-feira (17). A decisão resultou em superlotação, atrasos e usuários deixados nas paradas, gerando forte repercussão entre os moradores.
Na noite de terça-feira (18), o prefeito Júnior de Abreu e o vice-prefeito Guto Chaves publicaram um vídeo nas redes sociais para esclarecer a situação e apresentar a versão oficial do município sobre o impasse.
Segundo a Prefeitura, a redução das linhas ocorreu mesmo após a empresa ter sido informada que um novo estudo técnico sobre o custo da tarifa por quilômetro rodado estava em andamento. A Expresso Garopaba solicita um reajuste no valor repassado pelo município, mas, de acordo com a administração municipal, o estudo apresentado pela própria empresa “não comprova o valor solicitado”.
Diante disso, a Prefeitura elaborou um novo levantamento técnico, com base em dados detalhados de operação, que teria apontado um valor de tarifa significativamente menor do que o pedido pela empresa. Mesmo assim, segundo o Executivo, a Expresso Garopaba não respondeu oficialmente ao município.
Ainda de acordo com a Prefeitura, a empresa comunicou na última sexta-feira (14), “de última hora”, que reduziria o número de linhas já na segunda-feira. A medida fez com que o transporte público voltasse ao número de linhas estipulado no estudo inicial realizado em 2022, porém sem aviso prévio suficiente para planejamento ou adequação do serviço.
O resultado foi sentido imediatamente pelos usuários, que enfrentaram ônibus superlotados, atrasos significativos e longas filas nas paradas, um cenário que gerou indignação da população e repercussão nas redes sociais.
Em resposta, o município enviou um ofício notificando a empresa para que retome o funcionamento integral do sistema dentro de 24 horas, conforme previsto em contrato. A Prefeitura afirmou ainda que, caso a determinação não seja cumprida, “medidas administrativas cabíveis” serão aplicadas.
A administração também destacou que todos os pagamentos destinados ao transporte público estão em dia, e que os repasses feitos à Expresso Garopaba já ultrapassam R$5,5 milhões até o momento da publicação, informação apresentada como forma de reforçar que não há pendências financeiras que justifiquem a redução do serviço.
Até o fechamento desta matéria, a Expresso Garopaba ainda não havia emitido um novo posicionamento público a respeito das acusações feitas pela Prefeitura nem informado se retomaria integralmente as linhas dentro do prazo solicitado.
Enquanto isso, moradores seguem relatando dificuldades e incertezas sobre o funcionamento regular do transporte público na cidade.
Por Redação RSC

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