Elenco do Avaí/Kindermann anuncia greve e ameaça não jogar a final do Catarinense Feminino por atrasos salariais

 

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Jogadoras denunciam quatro meses de salários atrasados e péssimas condições de trabalho

O elenco do Avaí/Kindermann anunciou na terça-feira (22) que não entrará em campo para disputar a final do Campeonato Catarinense Feminino 2025. Em comunicado conjunto nas redes sociais, as jogadoras denunciaram quatro meses de salários atrasados e a falta de condições básicas de trabalho e moradia.

A paralisação coloca em risco a decisão marcada para este sábado (26), no Estádio Salézio Kindermann em Caçador. No jogo de ida, disputado no último fim de semana, o time empatou por 1 a 1 com o Criciúma no Estádio Heriberto Hülse.

De acordo com o manifesto das atletas, o último pagamento integral foi referente a maio, quitado em julho de forma parcelada. Desde então, as atletas afirmam não ter recebido nenhum salário e relataram dificuldades até para manter a alimentação e a higiene pessoal.

“Estamos há quatro meses sem receber. A alimentação é insuficiente para atletas de alto rendimento, e não temos dinheiro sequer para itens básicos”, diz trecho da nota.

O grupo também denunciou que duas jogadoras com lesões no ligamento cruzado anterior aguardam cirurgia há meses. As atletas responsabilizam os dirigentes Júlio César Heerdt (presidente do Avaí), Rafael Sarda (presidente do Kindermann) e Jonas Estevão (diretor) por promessas não cumpridas sobre a regularização dos pagamentos.

Durante o campeonato, o elenco já havia protestado em campo com uma faixa pedindo o pagamento dos salários. Na ocasião, o Avaí afirmou que a gestão do futebol feminino é de responsabilidade da Associação Esportiva Kindermann (AEK).

O clube informou ainda que o orçamento anual aprovado previa R$ 800 mil em repasses, mas que R$ 1,068 milhão já haviam sido transferidos à AEK, cerca de 25% acima do previsto.

Em nota oficial, o Avaí/Kindermann declarou estar “focado na solução das questões internas e na decisão do próximo sábado”, destacando o profissionalismo das atletas e garantindo que o caso será tratado após a final.

Crise também afeta o time masculino

A crise financeira não se restringe ao elenco feminino. O Avaí, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro, enfrenta atrasos de um mês na CLT, quatro meses nos direitos de imagem e na premiação do título estadual. Uma nova folha salarial vence em 25 de outubro.

A equipe entra em campo no sábado (26), às 18h30 (de Brasília), contra o Paysandu, pela 33ª rodada da Série B.


Por Redação RSC, com informações do GE

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