Remoção de pinheiro mobiliza comunidade e levanta debate sobre impactos ambientais em Garopaba
A manhã desta terça-feira (20) começou com indignação para moradores de Garopaba. Imagens que circularam nas redes sociais mostraram a remoção de um pinheiro na Praça Governador Ivo Silveira, árvore que servia como ninho para diversas maritacas. A ação surpreendeu a comunidade local e gerou questionamentos sobre possíveis impactos ambientais.
Em resposta à mobilização, nossa equipe esteve no local para apurar os fatos. A derrubada de árvores que abrigam ninhos de aves é tipificada como crime ambiental, de acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), que proíbe a destruição de ninhos, abrigos e criadouros naturais sem autorização expressa de órgãos ambientais competentes, como o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) ou o IBAMA.
Procurado pela reportagem, o secretário de Turismo, Esporte e Desenvolvimento, Sérgio Pacheco de Lima, confirmou que a intervenção faz parte de um cronograma de revitalização da praça. Segundo ele, a proposta é substituir espécies exóticas consideradas inadequadas ou de risco por árvores nativas da região. Segundo o Secretário, nesta etapa, será retirada apenas uma árvore, justamente para observar como as aves vão reagir à mudança.
A remoção do pinheiro foi aprovada pelo Instituto do Meio Ambiente de Garopaba (IMAG). O superintendente do órgão e engenheiro agrônomo, Matias Lima Rodrigues, afirmou que um estudo prévio foi realizado para avaliar os possíveis impactos da retirada da árvore. O levantamento efetuado pelo Instituto identificou que essas aves já possuem ninhos em outras regiões da cidade, como no bairro Ambrósio, dessa maneira a intervenção na teoria não apresenta riscos à população de maritacas.
O IMAG informou ainda que um relatório completo sobre a ação e seus fundamentos técnicos será divulgado até o final da semana, com o objetivo de esclarecer a comunidade sobre os critérios adotados na intervenção.
Enquanto isso, moradores e ambientalistas seguem atentos e mobilizados, pedindo mais transparência nas decisões que envolvem o meio ambiente e a fauna local.
Por Redação RSC
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