Santa Catarina registra aumento expressivo nos casos de coqueluche e saúde emite alerta; veja os sintomas

 


A doença tem afetado principalmente crianças menores de um ano

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), emitiu um alerta sobre o aumento significativo dos casos de coqueluche no estado. Até o momento, foram confirmados 106 casos este ano, em comparação com apenas dois registros em 2023.  

A doença tem afetado principalmente crianças menores de um ano, com 38 confirmações nessa faixa etária. As regiões mais impactadas são: Foz do Rio Itajaí (29 casos), Médio Vale (20 casos), Grande Florianópolis (21 casos). 

Segundo João Augusto Brancher Fuck, diretor da Vigilância Epidemiológica Estadual, o aumento segue uma tendência global, já destacada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAs). Além dos ciclos sazonais da doença, ele aponta que a baixa cobertura vacinal nos últimos anos pode ter agravado a situação.  

“Apesar de o estado ter recuperado parte da cobertura, a vacina pentavalente atingiu apenas 88,87% de cobertura acumulada até outubro de 2024, abaixo da meta de 95%. No ano passado, esse índice foi de 91,47%”, explica Fuck. A vacina pentavalente protege contra coqueluche, difteria, tétano, haemophilus influenzae tipo b e hepatite B.

A vacinação é a principal forma de controle da coqueluche e faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do SUS, disponível nos postos de saúde. Em 2014, foi introduzida a vacina dTpa para gestantes, com o objetivo de proteger os bebês até que completem o esquema vacinal da pentavalente aos 6 meses de vida.  

Esquema de Vacinação para Coqueluche 

Pentavalente:

1ª dose: 2 meses 
2ª dose: 4 meses 
3ª dose: 6 meses  

DTP:

Reforço: 15 meses e 4 anos  

dTpa:  

Gestantes (em cada nova gravidez) 
Profissionais de saúde (a cada 10 anos)  

Sintomas e cuidados

A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis e afeta as vias respiratórias, gerando tosse intensa e dificuldade para respirar. É altamente contagiosa, transmitida por gotículas expelidas durante a tosse, espirros ou fala.

Fase inicial (leve): 

  • Mal-estar geral  
  • Corrimento nasal  
  • Tosse seca e febre baixa  

Fase avançada:  

  • Tosse severa e descontrolada  
  • Dificuldade respiratória  
  • Tosse intensa pode causar vômito e cansaço extremo  

Os sintomas podem durar de 6 a 10 semanas ou mais, dependendo da gravidade. Na suspeita de coqueluche, é essencial procurar atendimento médico imediatamente.

Por Redação RSC

Postar um comentário

0 Comentários